quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Valores de uma mãe inconsequente


Você já pensou em tudo que perdeu?
Com certeza você já se lamentou por ter perdido meses carregando seu filho, já chorou por não ter podido ir àquela balada e até chegou a ficar deprimida por se sentir gorda.

Agora que você o “jogou para fora”, tenta recuperar o tempo que já não mais te pertence. Fica aproveitando a noite, enquanto a criança chora sem peito; por isso perde seu tempo em uma tentativa inconveniente de ganha-lo.

Perde aquilo que um dia tentará, sem sucesso, recuperar: um sorriso sincero, uma mãozinha a te procurar. Você ao menos sabe que ele parou de chorar? Talvez, mesmo tão pequenino, ele já tenha se conformado com o cruel abandono.

Hoje ele sorriu e disse sua primeira palavra: “ussu”. Ele queria seu ursinho, sua maior companhia em seu descanso noturno. Talvez, mãe, um dia você entenda tudo o que realmente deveria ter dado consideração.

Quando uma porcaria de pelúcia se torna mais importante e prestativo para uma criança do que sua própria mãe, há algo abominável no mundo. Os valores estão seguindo cada vez mais distorcidos. Lágrimas e sentimentos seguem cada vez mais banalizados. Reveja seus valores, mas agora corra, seu filho pode se asfixiar sozinho no quarto.

Oh! Tarde demais? Eu sinto muito. Talvez agora você reflita sobre o que eu disse.

Inspirada



Inspirada a agradecer,
Como sempre fiz.
Inspirada a ser mais justa
Do que feliz.

Inspirada a ser boa
Como Madre Tereza.
Inspirada a ser imperfeita
Como a beleza.

Inspirada a escutar meu dom
Como se ele precisasse de criação.
Inspirada a educar, a ser educada
E a recusar o que não é bom.

Inspirada a seguir
A verdadeira luz.
Não a que tem nome
E sim a que divinamente reluz.

Inspirada a dar às brigas,
Uma trégua.
Inspirada a fugir
Da falsa regra.

Inspirada a seguir
Os mandamentos de Deus.
Inspirada a não seguir meus desejos
E sim os Seus.




Odeio amar quem não me ama e sempre me odeio quando isso acontece. Odeio ainda mais ser correspondida, mas por um frouxo que não tem coragem de dizer o que sente.
Odeio quando sou covarde e não digo tudo o que quero. Odeio ser feita de boba, ser iludida. Simplesmente odeio eufemismos, muitos chegam a ser irônicos. Odeio mentiras, mesmo as do bem. Odeio felicidade ilusória.
Odeio quando não me deixam tentar. Odeio quando tentam me fazer parar de chorar e odeio imaginar que o causador de minhas lágrimas não se importa comigo.
Odeio quando os argumentos de alguém fazem com que eu me sinta uma bosta. Odeio perder a razão, mas odeio ainda mais ter razão quando sou pessimista.
Odeio me importar muito com as coisas e odeio quando não dou valor ao que realmente merece.
Realmente odeio essa parte da vida e odeio saber que grande parte continuará imutável. Nada depende de meu querer, nem mesmo odiar.

Espontaneidade do amor.



Foi engraçado. Tentei ser rude e te deixar abandonado,
mas tudo sempre mudava quando eu estava ao seu lado.
Você falou e eu naturalmente respondi. Não era mais como
se você não estivesse ali.

Você sorriu, a raiva me desabitou e eu deixei um sorriso escapar. Você sequer percebeu, mas depois eu te vi dançar.
Sua alegria foi sua remissão e o que aquilo representava,
significou minha purificação.

Simples detalhes são mais importantes do que se pode imaginar. Meu instintivo sorriso demonstrava impossibilidade de ódio e sua dança, uma peculiar forma de amar.

A espontaneidade do amor é isso: é ceder e não guardar mágoas por conta de passado. É quebrar até mesmo rochas, de modo delicado.

Como escrever uma ficção.


1 – Escale um tema - um fato - principal e imagine seu desenvolvimento.

2 – Escolha os personagens e designe um perfil para eles, para você seguir até o final, criando assim uma personalidade para cada um deles.

3 – Selecione o tempo e o espaço em que a história irá acontecer, pois isso deixa a história mais imaginável na mente do leitor. Se for preciso, procure fotos desses lugares e tente descrevê-los. O tempo é importante para dar limites e lógica à escrita, podendo ser “voltado” por flashbacks.

4 – Una tudo e pesquise sobre hobbys, profissões e etc. Crie tópicos em um rascunho, um planejamento, “uma cronologia” de tudo o que deve acontecer no desenrolar da história. Dê um título para a obra.

5 – Opte por um prólogo que desperte atenção e curiosidade. Muitas vezes é bom pegar um pedaço de um capítulo misterioso que se encontra no meio da história e coloca-lo como prólogo.

6 – Eleja uma trilha sonora com músicas que possuam letras que você acredite que tenha a ver com o planejamento que você fez no rascunho. E, no meio da escrita, também pode escolher novas músicas, assim como novos personagens, tempos e espaços; mas cuidado, uma vez que no final tudo tem que se encaixar.

7 – Proponha algo marcante ou engraçado: uma frase ou um apelido, de preferência.

8 – Componha a história, mesmo que capítulo por capítulo. É bom utilizar de narrador em primeira pessoa para dar mais subjetividade e emoção. Também se pode alternar os narradores, dando então visões diferentes de um mesmo episódio. Tente postar, porque leitores ajudam-nos a continuar escrevendo. Crie uma capa, pois ela irá ajudar a chamar atenção.

9 – Redija frequentemente, pois assim você não irá se esquecer das partes mais importantes. Tente ligar toda a história, mas nunca de modo previsível.

10 – Quando a história for finalizada, edite-a umas cinco vezes. Se necessário, mude o título, a capa e acrescente detalhes que possam ligar mais ainda o início ao fim.

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Mãe


Obrigada por ter enfrentado, por minha causa, difíceis nove meses. Obrigada por ter cuidado de mim e por ter me amado. Obrigada por ter se privado de muita coisa em pró da minha criação. Obrigada por ter me dado tudo o que podia dar e por nunca ter cruzado os braços para o “tudo” significar então “mais que o suficiente”. Obrigada pela atenção. Você foi minha visão, meu olfato, minha audição, meu paladar, meu tato e até meu sexto sentido. Você entendia tudo o que eu sentia; você sentia o que nem eu entendia.

Obrigada por ter me defendido dos perigos mundanos e por ter me corrigido quando a errada era eu. Obrigada por ter me ensinado a ler, a escrever e a fazer continhas, muito antes de qualquer professora escolar.  Obrigada por ter me obrigado a escrever, repetidas vezes, vários textos. Isso não me traumatizou; simplesmente me preparou para o futuro e me inspirou a fazer o que hoje é o que mais amo. Obrigada por ter me dado apoio emocional sempre que eu tinha uma prova.

Obrigada por ter sido brava, isso mostrava o quanto você se importava comigo. Obrigada por ter me estimulado a estudar. Obrigada por ter me carregado quando eu não podia andar e por nunca sair do meu lado quando eu estava doente. Obrigada por ter me dado sua mão a cada dor de barriga que eu senti.

Obrigada por ter sido companheira e amiga. Obrigada por ter ido ao colégio todas as poucas vezes que houve problemas e por nunca ter faltado a sequer uma reunião de pais. Obrigada por ter marcado uma aula particular para mim quando tive a primeira nota vermelha. Por entender meus limites, minhas dificuldades e por não ter me crucificado por conta de meus erros.

Obrigada por ter me dado liberdade para que eu sentisse naturalidade suficiente para te contar todos meus passos e tropeços. Obrigada por me ajudar na caminhada da vida e por me ajudar a levantar após cada tombo. Obrigada por tudo. Logicamente aqui não caberá o conteúdo completo do infinito agradecimento, então deixo simplesmente um sincero reconhecimento. Valeu por ser minha mãe. Desculpa por eu ser, às vezes, mal-agradecida. Saiba que você é minha fortaleza e que, do modo mais sublime do mundo, eu te amo.

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Nota: Minha mãe chorou quando leu.

Fã número um

1 – É aquele que ama e respeita muito o seu ídolo. Profissionalmente e também pelo que ele realmente é. É aquele que vibra quando o artista faz um trabalho, e que chora quando acontece algo ruim.


2 – É aquele que defende seu ídolo, não tem vergonha de dizer aos quatro ventos o quanto gosta dele e continua gostando mesmo quando não é um modismo. Mesmo quando todos os seus amigos não gostam daquilo.


3 – É aquele que sabe toda (ou quase toda) a biografia de seu ídolo, sabe das notícias muito antes de elas aparecerem na mídia, decora todas as datas, conhece todos os gostos dele, todos os medos e todas as formas de agradá-lo. É aquele que sai baixando tudo que vê pela frente, mesmo que seja um simples “Aw!” de um segundo e meio. Que tem milhares fotos e fica indeciso na hora de escolher as que vai revelar (é claro que sempre quer todas). É aquele que nunca sabe responder qual é o trabalho predileto e sempre decora tudo, sejam falas de filmes, frases emblemáticas ou letras de músicas.


4 – É aquele que gosta de colecionar tudo que vê pela frente: Vinis, VHS’s, CD’s, DVD’s, pôsteres, revistas, livros, camisas, buttons, cards, toalhas, porta-CD, fotos, canecas, almofadas, recortes de jornais e revistas, desenhos [...]


5 – É aquele que fica feliz ao encontrar um fã-site ou um fã-clube e faz de lá sua segunda casa e, das pessoas que o compõe, a sua família. Fica feliz ao encontrar indivíduos com os mesmos gostos e por isso muitas das vezes passa horas, dias, semanas, meses, anos e até décadas falando sobre cada detalhe – obviamente tentando parecer ser o fã número um. Mas isso todos nós somos desde as primeiras etapas. Basta amor, o resto é uma consequência dele.


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