sábado, 8 de setembro de 2012

No dia em que levei um pé na bunda




No dia em que levei um pé na bunda, descobri que me amava mais do que eu imaginava. Eu não fiquei chorando, me descabelando. Não me isolei, nem me culpei. Eu não fiz nada de errado e – se as coisas acontecem por um motivo – a verdade é que Deus estava me livrando de alguma coisa. Não sei exatamente do que, mas agradeço. Conversei com meu melhor amigo, com minhas amigas, com pessoas que se importavam comigo e vi que não estava sozinha. Fiquei tão feliz com aquilo, tão lisonjeada em ver que tenho os melhores amigos do mundo – os mais verdadeiros – e que não seria abandonada por nenhum deles, que simplesmente não consegui ficar mal... Choro, desespero, olheiras e greves de fome não seria a solução de nada. O truque (ou quem sabe a mágica) é não se deixar abalar.

Escrevi, postei, sorri, comi, hidratei meus cabelos, escutei Britney Spears, marquei passeios, falei sobre assuntos cotidianos e percebi que havia aprendido muito com a situação. E o melhor aprendizado foi o de gostar mais de mim, porque agora dentre todas as pessoas eu sou a que está passando pela situação. Não saí de mim, não fiz merda, não desisti de mim. Eu me olhei no espelho e disse: “Mantenha a cabeça erguida, garota!”
O espelho refletia a imagem de uma menina linda e ela ainda sabia sorrir mesmo num momento não muito legal. Ela tem a certeza de que será feliz.
E ela será.

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